Sorte no poker

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 30 de janeiro de 2010 at 13:58

meteorologia: parou de chover um pouco
pecado da gula: pastel de feira
teor alcoolico: nada ainda
audio: smiths

Difícil convencer os não jogadores de que o poker não é um jogo de azar (ou de sorte), e que a habilidade conta muito, assim como em outros esportes. O trecho abaixo é uma boa argumentação, parte de um texto de Pedro Nogueira (do blog Apenas um foca) na CardPlayer Brasil.



"Resistem algumas almas conservadoras que, saudosas do 'tio falido', usam o velho argumento da sorte para atacar o poker. 'É um jogo de azar', dizem. Ok. A sorte, realmente, influencia no poker. Mas sem um mínimo de sorte, o sujeito não consegue nem comer um pêssego - morre engasgado com o caroço. O que dizer, então, do tiebreak no tênis? Ou da disputa de pênaltis no futebol?"


Leia o texto na íntegra aqui.

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Saudade...

coded by ctellier | tags: | Posted On sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 at 22:03

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
(Clarice Lispector)

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All In

coded by ctellier | | Posted On at 10:14

Linda mão!!!
Full Tilt e seus bad beats. Ao menos dessa vez não fui eu que tomei...




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Lista de compras

coded by ctellier | tags: | Posted On at 07:17

meteorologia: chuva... chuva...
audio: beethoven - 5a.sinfonia
video: body of lies

Recém adicionados:



Mentes perigosas (Ana Beatriz B. Silva) 








Caim (Jose Saramago) 








Do que é feito o pensamento (Steven Pinker)









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Canto esponjoso

coded by ctellier | tags: | Posted On quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 at 06:36

meteorologia: nublado, por enquanto
pecado da gula: pão francês na chapa
teor alcoolico: nada...mto cedo ainda
audio: apocalyptica

Bela
esta manhã sem carência de mito,

o mel sorvido sem blasfêmia.


Bela
esta manhã ou outra possível,
esta vida ou outra invenção,
sem, na sombra, fantasmas.


Umidade de areia adere ao pé.
Engulo o mar que me engole.
Valvas, curvos pensamentos, matizes da luz azul completa
sobre formas constituídas.


Bela
A passagem do corpo, sua fusão
no corpo geral do mundo.
Vontade de cantar. Mas tão absoluta
que me calo, repleto.
(Carlos Drummond de Andrade)

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Maverick

coded by ctellier | tags: | Posted On segunda-feira, 25 de janeiro de 2010 at 16:30

meteorologia: chove chuva, chove sem parar
pecado da gula: filet à la crème
teor alcoolico: 2 stella artois
audio: papo de gordo 33
video: high stakes poker

Maverick, direção Richard Donner



Estilo "sessão da tarde", é mais um filme de trapaceiros, simpáticos trapaceiros, baseado numa antiga série de tv (acho que meu pai assistia essa). Faroeste divertido, bom roteiro, boas atuações. O vilão, o mocinho charmoso, a mocinha atrapalhada, faroeste algum prescinde dessa combinação. Além de emboscadas, brigas, assaltos a banco, tiroteios, carruagens desgovernadas, índios, poker na taverna e muitas surpresas. Aliás, vale destacar a cena em que o mocinho, Bret Maverick (Mel Gibson), senta-se a uma  mesa de poker, dizendo quase nunca blefar, nunca roubar e prometendo perder durante a próxima hora. Ele passa a hora seguinte perdendo, como prometido, mas aproveitando-se para observar todas as "dicas" de cada um dos participantes. O que cada um faz quando blefa, quando tem um bom jogo ou quando não tem. E utiliza-se dessas informações quando começa a jogar "pra valer", ao término da primeira hora. Uma aulinha de poker na faixa. 

O filme não é daqueles inesquecíveis, mas vale assistir. Em tarde de chuva em Sampa, sem nada pra fazer, é diversão garantida.

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50 maratonas em 50 dias

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 24 de janeiro de 2010 at 19:26

meteorologia: e não para de chover
pecado da gula: brigadeiro
teor alcoolico: 1 dose de black label
audio: chico buarque
video: maratona lost (axn)


50 maratonas em 50 dias, Dean Karnazes
Terminei de ler durante as férias. A compra foi motivada principalmente para entender como alguém conseguiu correr 50 maratonas consecutivas e ainda continuar vivo e andando. Folheei o livro na Cultura e nas fotos ele parecia um cara normal, um corredor como qualquer outro, sem nada que o diferenciasse (nem fisicamente) da grande maioria dos maratonistas amadores. Como era possível?
Leitura fácil, agradável, terminei em menos de uma semana. É interessante descobrir toda a logística envolvida para que ele conseguisse completar o desafio a que se tinha proposto. E a quantidade enorme de amadores que tentaram ser alguns dos poucos corredores que o acompanhariam nas maratonas "fora de data", efetuadas durante a semana. Mas para mim, que pretendo correr minha primeira maratona este ano, valeu principalmente pelas dicas tanto de treinamento, como de alimentação e, principalmente, de como será o dia da corrida. Qual será o quilômetro crítico, em que ponto meu corpo tentará me fazer parar e como não escutá-lo e continuar correndo.




"(...) não passamos a maior parte da vida duvidando de nós mesmos, pensando que não somos bons o suficiente, não fazemos o certo? A maratona proporciona a oportunidade de encarar essas dúvidas. Ela tem uma forma de analisar o contexto de nossa própria essência, eliminando todas as barreiras protetoras e expondo nossa alma. A maratona diz que o prejudicará, que você ficará desmoralizado e derrotado como um amontoado inerte ao lado da estrada. Ela diz que não pode ser feita - não por você. Ah! ela zomba de você. Somente nos seus sonhos!
(...) Nas profundezas escuras da mente uma voz pessimista está dizendo: Você não consegue. Você se esforça ao máximo para ignorar essas insegurança, mas a voz não o abandona.
Na manhã da primeira maratona, a voz da dúvida se multiplica, tornando-se um coro completo. Na altura do quilômetro 30, esse coro está gritando tão alto que é só o que você consegue escutar. Os músculos doloridos e esgotados imploram que você pare. Você deve parar. Mas você não para. Dessa vez ignora a voz da dúvida; ignora aquele que diz que você não é bom o suficiente, e só ouve a paixão no seu coração. Esse desejo ardente diz para continuar, para colocar um pé audaciosamente à frente do outro, e em algum lugar você encontra a força de vontade para fazê-lo.
A coragem surge de diversas formas. Hoje você descobre a coragem para continuar tentando, para não desistir, por mais terríveis que as coisas se tornem. E elas se tornarão terríveis. Na marca do quilômetro 40, você quase não conseguirá mais ver o percurso - a visão se torna vaga e vacilante ao mesmo tempo que a mente oscila nos limites da consciência.
E então, repentinamente, a linha de chegada floresce à sua frente, como um sonho. Um nó se forma na garganta durante o percurso daqueles poucos passos finais. Agora, você finalmente consegue responder à irritante voz vom um inequívoco Sim, eu posso!
(...) Completar uma maratona é mais do que apenas algo que se ganha; um maratonista é alguém em quem você se transforma."

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