Review » New Balance Minimus Trail

coded by ctellier | tags: , | Posted On sábado, 20 de outubro de 2012 at 22:49

meteorologia: meio nublado, nem frio nem calor
pecado da gula: pão na chapa com manteiga
teor alcoolico: nada ainda
audio: nerdcast #333
video: bones

"Like barefoot, only better"

Quem acompanha, mesmo que apenas eventualmente, meus relatos de treino de corrida sabe - e para quem não acompanha eu conto agora - que há algum tempo eu aderi à utilização de tênis minimalistas. Não de forma radical, substituindo totalmente o uso dos tênis convencionais, mas como forma de variar os treinos. Até o início do mês, a proporção entre meus tênis estava assim:
  • 3 pares convencionais: 2 Brooks e 1 Mizuno
  • 1 par minimalista: Saucony (review aqui)
Depois da maratona de Floripa, em que utilizei meu Mizuno Prorunner, tive de aposentá-lo pelo tempo de uso e achei que seria um bom momento para igualar a proporção convencionais x minimalistas.

Minha ideia inicial foi adquirir outro Saucony Hattori. E com essa intenção fui a uma loja especializada. Como a lei de Murphy é onipresente, a máxima "tem, mas acabou" foi o que ouvi de quem me atendeu. Tinha meu número, mas não da cor que eu queria. E, depois de uns vinte minutos testando outros modelos, saí da loja com um Minimus Trail. Não tenho o hábito de experimentar outras marcas ou modelos, mas o fato deste tênis ter sido desenvolvido com a consultoria do ultramaratonista Anton Kupricka, mestre yoda da corrida minimalista, era aval suficiente para mim.



Primeiras impressões (ainda na loja)
Depois do mico clássico que todo corredor passa na loja, dando aquela corridinha básica, pude perceber o quanto ele é leve e confortável. Tão leve quanto o Hattori, pesa menos de 200g. Apesar do fechamento com cadarço, veste bem o pé. A forma é larga, não aperta os dedos. É muito, muito flexível mesmo. Tão confortável que a sensação é de estar de chinelos e não de tênis.

Teste na rua
E já que hoje era dia de treino - um longão, não tão longo assim, 14 km - nada mais natural que estrear o "brinquedo" novo. Metade da distância em grama/terra, metade em calçadas. Desempenho bastante satisfatório em ambos. Ótima "aderência" em terrenos desnivelados e baixa sensação de impacto no cimento. A sola em Vibram garante a percepção da superfície do terreno ao mesmo tempo que protege de objetos pontiagudos, pedras, lascas de madeira, etc. Assim como o Hattori, não possui qualquer sistema de amortecimento mas o solado amortece o suficiente para manter a passada bem confortável. O tecido telado mantém os pés aerados, auxiliando na evaporação do suor. O tênis não "pegou" em nenhum ponto do pé, nem criou nenhuma nova bolha. Manteve-se ajustado no pé, que não ficou "sambando" dentro do calçado em qualquer momento. E, apesar de eu ter enfrentado várias ladeiras durante o treino, nem os pés nem as panturrilhas sofreram os efeitos mais que o habitual.

Gostaria de estreá-lo numa prova amanhã, na SP Run. Mas todo corredor sabe que o ideal é alternar os tênis utilizados, então, domingo será dia de calçar o Hattori. Afinal, 8 km pedem tênis bem leves, para tentar bater o RP*.

Concluindo, para quem procura um tênis minimalista, o New Balance Minimus Trail é mais uma boa opção.



(*) Recorde Pessoal

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Drops » The walking dead

coded by ctellier | tags: , , | Posted On quarta-feira, 17 de outubro de 2012 at 15:35

meteorologia: vento e calor
pecado da gula: creme de baunilha
teor alcoolico: nada ainda
audio: spinoff podcast s06e03
video: damages

Depois de muita espera, sete meses, The walking dead volta em grande estilo, com um episódio quase tão bom quanto os da primeira temporada. Acredito que, assim como eu, os espectadores que viram fãs antes mesmo do final da primeira temporada - com apenas seis episódios - estavam na expectativa de que a terceira temporada fizesse a série "voltar ao normal". Pois, sejamos sinceros, o marasmo a que se resumiu praticamente toda a segunda temporada não fez jus ao início bombástico.

Admito, parei de acompanhar semanalmente a série depois do quarto episódio. Muita enrolação e mais do mesmo. Não acho ruim que a trama foque eventualmente do "fator humano", no estudo dos personagens. Mas fazer isso em 80% do episódio de uma série que se firmou como sendo de ação, certamente foi um tiro no pé - com o perdão do trocadilho infame.

Resolvi assistir à toda segunda temporada, antes da estreia da terceira. E minha percepção se confirmou - infelimente. Vários episódios pareciam ter sido feitos apenas para encher linguiça. O fato de o grupo ter se estabelecido na fazenda - mesmo que a contragosto do proprietário - parecia "obrigar" os roteiristas a tornar a série mais intimista, focando mais nos conflitos entre eles do que no combate aos zumbis. E isso tornou a série bastante monótona. Tive a impressão de estar assistindo a uma novela, em que o espectador ve um capítulo a cada duas semanas e em cinco minutos já se inteirou de tudo que aconteceu nos capítulos não assistidos. Lógico que é válido que se destaquem alguns questionamentos sobre a natureza humana e o comportamento em situações extremas. Em certo ponto, o espectador assiste e se pergunta: "Afinal, o perigo vem dos vivos ou dos mortos?".

O início do episódio é bem tenso, longos minutos de silêncio, quebrados por uma seguência de ação, em que o espectador tenta se situar - tanto no tempo quanto no espaço. Essa sequência inicial serve para mostrar a condição nômade do grupo, aparentemente sete meses depois de terem abandonado a fazenda. E é a deixa perfeita para introduzir o cenário mais esperado pelos fãs da HQ: a prisão. Apesar de o episódio não ter exatamente uma estória, pois narra basicamente a invasão da prisão pelo grupo, houve suspense, tensão, zumbis, tiros e sangue na medida pra dar vontade de assistir ao próximo episódio.




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