NerdCast Top 10

coded by ctellier | tags: , | Posted On sábado, 19 de fevereiro de 2011 at 16:32

meteorologia: sol e calor, muito calor
pecado da gula: pizza amanhecida
teor alcoolico: 2 itaipavas
audio: targethd s03e07

Sábado e domingo são os dias em que eu costumeiramente coloco em dia minha playlist de podcasts.
Já listei aqui meus podcast preferidos. E na coluna à direita, estão os que eu habitualmente ouço.

Sempre que alguém me pede uma indicação, ou pergunta por onde começar no maravilhoso mundo dos podcasts, eu invariavelmente indico o NerdCast. Não apenas por ter sido o primeiro que eu ouvi, mas também porque mesmo depois de mais de 200 edições é ainda meu podcast predileto. É o único que eu nunca deixo de ouvir semanalmente.
Como os próprios donos do site o definem:
Nerdcast é o primeiro podcast totalmente nerd do Brasil.
Criado em março de 2006, o Nerdcast é um papo bastante informal entre os criadores do site Alexandre Ottoni e Deive Pazos, e convidados variados.
Eles conversam sobre os mais derivados assuntos do mundo nerd: filmes, tv, quadrinhos, história e literatura. No entanto, o desafio do podcast é manter o foco, pois quando o besteirol toma conta, nem convidados, nem apresentadores, nem ouvintes conseguem conter suas gargalhadas.

E a lista de hoje são os meus 10 episódios favoritos:

  • Nerdcast #20 – Buracos de minhoca e um capacitor de fluxo
    Participantes: Alottoni, Vince Gloto, Bluehand e Azaghâl, o anão
  • Nerdcast #25 – Coca-Cola, Cheetos e Dança da Vassoura
    Participantes: Alottoni, Sra. Jovem Nerd, Portuguesa e Azaghâl, o anão
  • Nerdcast #46 – Entrevista – Nelson Machado
    Participantes: Alottoni, Carlos Voltor e Azaghâl, o anão
  • NerdCast #90 - Eu só trabalho aqui
    Participantes: Alottoni, JP, Tucano, Sr.K e Azaghâl, o anão
  • Nerdcast #94 – Max, Traga Minha Capa! – Entrevista com Guilherme Briggs
    Participantes: Alottoni, Carlos Voltor, Dubox e Azaghâl, o anão
  • Nerdcast #107 – Valor Energético 8.000 Kcal
    Participantes: Alottoni, Sra. Jovem Nerd, Portuguesa e Azaghâl, o anão
  • Nerdcast #108 – Blade Runner e a Distopia Noir Futurista
    Participantes: Alottoni, Carlos Cardoso (contraditorium), Edney “Interney” Souza (interney), Mário “Fanaticc” Abbade (almanaque virtual) e Azaghâl, o anão
  • Nerdcast #123 – Eu continuo desgraçado da minha cabeça!
    Participantes: Alottoni, Guga, Sr.K e Azaghâl, o anão
  • NerdCast #192 - O senhor dos anéis (episódio triplo)
    Participantes: Alottoni, JP, Tucano, Eduardo Spohr e Azaghal, o anão
    Nerdcast #192a – A Sociedade do Anel
    Nerdcast #192b – As Duas Torres
    Nerdcast #192c – O Retorno do Rei
  • Nerdcast #229 – Duplipensamentos sobre 1984
    Participantes: Alottoni, Nick Ellis (Digital Drops), Tucano (Câncer de Jack), Eduardo Spohr (Filosofia Nerd) e Azaghal, o anão

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A batalha do apocalipse

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 13 de fevereiro de 2011 at 11:47

meteorologia: sol saindo agora
pecado da gula: pão com nutella
teor alcoolico: até agora, nada
audio: tockaí #010

"A batalha do apocalipse", de Eduardo Spohr

Aos mais desavisados, talvez pareça ser mais um livro que pegou carona na onda de livros sobre anjos, principalmente tomando-se como base a ilustração da capa. Basta uma “googlada” rápida para descobrir que é anterior a isso, pois sua primeira edição é de 2002.

Jogador contumaz de RPG, nerd assumido, Spohr deve justamente à comunidade nerd boa parte da divulgação e do sucesso de seu livro. Sem desmerecer o conteúdo, certamente se não fosse o #nerdpower a obra demoraria bem mais tempo para chegar à lista dos mais vendidos - em que já se encontra há várias semanas.

Independente de o livro ser bom ou ruim, tem o mérito de ter auxiliado a impulsionar um gênero literário pouco explorado por autores nacionais, a literatura fantástica. Desde a propaganda boca a boca, essencial para a propagação de qualquer notícia, até a presença na lista de best-sellers da maioria dos veículos de imprensa, passando pela entrevista dada por Spohr no Programa do Jô, tudo contribuiu para que o estilo passasse a ter a credibilidade dada até agora apenas a autores estrangeiros como Arthur C.Clarke, Frank Herbert, Tolkien. A partir daí, livros que costumeiramente ocupavam as prateleiras da sessão de literatura infanto-juvenil, passaram a dividir espaço nas vitrines com outros best-sellers de literatura adulta.

Admito que não teria adquirido o livro se não fosse pela influência do pessoal do site Jovem Nerd. Ouço o podcast deles fielmente toda a semana e acompanhei toda a divulgação do livro por ali. Desde a primeira edição, resultado da premiação num concurso literário, até a distribuição pela editora da NerdStore. E finalmente, a publicação pelo selo de uma grande editora.

Exceção feita aos clássicos da literatura, tenho sempre um pé atrás no que diz respeito a best-sellers. Pois, infelizmente, fazer parte da lista de best-sellers não é garantia de qualidade de um livro. Mesmo porque creio que se a intenção do autor é integrar essa lista, algumas concessões acabam sendo feitas no sentido de tentar agradar a maior parcela possível de público. Sendo assim, acaba sendo difícil evitar alguns clichês a que a maioria dos leitores está acostumado. Mas mesmo não sendo isento de clichês, o livro ainda é muito bom (com algumas ressalvas, que abordarei logo abaixo).

A presença de clichês, logicamente torna certos trechos da trama bem previsíveis, o que eventualmente corta o embalo da leitura, já que saber antecipadamente o que provavelmente se seguirá na trama é bastante “brochante”. Por várias vezes me obriguei a continuar a leitura, e esse foi um dos motivos.

É inegável o conhecimento do autor sobre o assunto abordado: heróis, deuses, anjos, feiticeiros, demônios, batalhas. Isso se reflete no que eu acredito que seja o maior defeito do livro: o texto excedente. Como não passou pela mão de um editor, está sobrando estória. Aliás, a prolixidade do texto me incomodou bastante, principalmente na primeira centena de páginas. Não gosto muito de textos descritivos e isso me desanimou bastante. O narrador, no início parece estar num documentário da NatGeo, descrevendo tudo nos mínimos detalhes. Depois melhora, mas foi difícil persistir na leitura. A estrutura da narrativa, em flashbacks, não é ruim, mas fica prejudicada pelo excesso de detalhes e pela quebra de ritmo. Por várias vezes, durante a leitura, ao voltar para o “presente” da estória, 150 páginas depois, já não lembrava mais em que ponto estava, tamanha a quantidade de informações. Acredito que parte do texto sobrando, poderia ter sido “enxugada” caso o livro tivesse passado pela mão de um editor - e poderia se reaproveitada em outros livros, complementando a saga.

Os detalhes acima talvez desanimem os leitores menos vorazes. Mas a obra é leitura obrigatória para nerds e fãs de literatura fantástica. Caso não faça parte desse nicho, talvez goste, talvez não, talvez fique com a impressão (assim como eu) de que poderia ser melhor mas não se arrependa de ter lido o que provavelmente seja o primeiro de muitos best-sellers de literatura fantástica nacional.

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Slumdog millionaire

coded by ctellier | tags: | Posted On at 09:38

meteorologia: meio nublado, mas calor
pecado da gula: pão italiano na chapa com manteiga
teor alcoolico: hoje, nada ainda
audio: add #817

"Slumdog millionaire", direção Danny Boyle

Provavelmente, o que fica na memória mais imediata é a cena final do filme, ou melhor, a cena que acompanha os créditos. É um músical bem ao estilo de Bollywood. Logicamente, uma referência e uma homenagem à tradicional indústria indiana de filmes B, já que o filme nada tem a ver com esse estilo.

Não é o melhor filme de Danny Boyle, responsável pelo ótimo "Trainspotting". Na minha opinião, até mesmo seu primeiro filme, "Shallow grave", é melhor. Melhor, mais inteligente e, certamente, com diálogos melhores. Não sei o que o roteirista tinha na cabeça, mas em alguns momentos, tive a impressão de estar assistindo uma daquelas novelas mexicanas que passavam no SBT anos atrás.

A estória é bem amarrada, apesar de um pouco inverossímil em alguns momentos. Detalhes um pouco forçados a fim de se encaixarem na trama contada pelo garoto de favela ao tentar se defender da acusação de trapaça num programa de perguntas e respostas.

A semelhança entre as favelas indianas e as brasileiras chega a ser assustadora. Talvez não fosse a intenção do diretor, mas a crítica social que adviria naturalmente num filme ambientado em tal cenário passa bem ao largo. A sucessão de tragédias que acomete Jamal e seu irmão parece servir ao único propósito de sustentar sua defesa.

Não deixa de ser um bom filme. Mas evidentemente não é merecedor de tanto confete e tantos prêmios, se comparado a outros filmes lançados na mesma época.
Mas, mesmo assim, vale a pena assistir.

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