♫ The hills are alive... ♫

coded by ctellier | tags: , | Posted On sábado, 23 de abril de 2011 at 15:17

meteorologia: céu azul de brigadeiro
pecado da gula: pizza amanhecida
teor alcoolico: 1 itaipava
audio: rapaduracast #231
video: game of thrones s01e01

Assisti num desses dias de ócio do feriadão, "The sound of music". Clássico das manhãs de Natal, é um dos musicais mais lembrados pelos fãs de cinema. São 3 horas de filme que passam sem a gente perceber.
Aproveitando, resolvi fazer uma lista dos meus musicais prediletos. Lógico, que alguns deles tem aquela ingenuidade típica dos anos de ouro de Hollywood. E um agravante, sempre citado pelos que não gostam muito de musicais, é o fato de os personagens às vezes saírem cantando sem mais nem menos, sem que a canção se encaixe no contexto do filme. Mas nem todos são assim.




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Tem dias...

coded by ctellier | tags: | Posted On quinta-feira, 21 de abril de 2011 at 20:33

meteorologia: dia de sol (é feriado de Páscoa mesmo?)
pecado da gula: milk-shake
teor alcoolico: 1 stella artois (litrão...)
audio: pipoca e nanquim #22
video: the sound of music

Tem dias em que o treino não rende. Tem dias em que fica difícil encaixar o ritmo correto. Tem dias em que as pernas não obedecem. Tem dias em que parece que não estamos fazendo nada certo. Tem dias que dá vontade de abandonar antes do final. Enfim, tem dias em que era melhor nem ter saído da cama. Mas corredor que é corredor, não desiste. Quem foi mordido pelo “bichinho” da corrida, além da vontade de correr sempre, foi contaminado também com um desejo de superação constante. Como dizem por aí, “sou brasileiro, e não desisto nunca!” E o post de hoje é sobre o que está por trás disso: motivação.

Não há como negar, correr é um esporte solitário. Independente do que digam, bem lá no fundo, a responsabilidade é nossa. Mesmo que o treinador, os amigos, os familiares estejam ao lado dando incentivo, se não tivermos a motivação necessária, não adianta. O que a nossa mente tem de aprender a fazer é utilizar os estímulos externos para nos motivar a terminar o que nos propusemos, seja um treino ou uma prova. Se eu não me convencer a continuar, não há torcida que seja capaz de fazê-lo.

No caso dos treinos, o estímulo externo pode vir em várias formas. Desde os resultados obtidos até o momento, até a superação de um desafio pessoal, como emagrecer. Estabelecer um objetivo é essencial para não perder o foco. Mas para não desanimar tão fácil, o melhor é criar objetivos a curto, médio e longo prazo. Pequenos desafios são sempre um estímulo a mais rumo a um objetivo mais ambicioso.

E para não se desmotivar ao longo dos treinos, alguns macetes sempre ajudam:
  • Anotar as atividades feitas para acompanhar a evolução
    Aos fanáticos por dados e informações, anotar tudo em planilhas, gerar gráficos e tabelas certamente serão diversão garantida e manterão a motivação durante muito tempo.
  • Variar o local, o trajeto, o horário e a companhia dos treinos
    O que melhor funciona para mim, é variar o local e o trajeto dos treinos. Alternar treinos na rua e na esteira. E, ao treinar na esteira, aproveitar para colocar em dia “aquela” série de tv que eu estou sem tempo de acompanhar - porque, convenhamos, correr no lugar, ninguém merece. Para quem curte correr em grupo (não é o meu caso), variar o grupo é uma boa alternativa, já que cada um acabará tendo um pace diferente durante o treino e a conversa (#blablablarun) será bem diversificada.
  • Ouvir música
    Já que para mim, isso é padrão, intrínseco à atividade, a única mudança é variar as playlists. Para quem não tem o hábito, passar a curtir um som durante o exercício talvez minimize a perda de motivação.
  • Usar algum equipamento ou acessório novo de corrida
    Todos, sem exceção, sentem-se muito, mas muito mais animados ao estrear um equipamento ou “brinquedinho” novo, seja ele uma peça de roupa, um tênis, um gadget ou um novo app para o celular.

(Um parênteses: no grupo dos #twittersrun no FB, iniciou-se uma série de posts sobre antes e depois de começar a correr, com direito a fotos. Parece uma coisa simples, aliás é algo bem simples, mas visualizar a “transformação” decorrente da prática da atividade física - no caso, a corrida - é uma motivação e tanto para continuar.)

E durante a prova? Como manter o impulso inicial de dar o máximo de si durante todo o percurso? Parte do segredo vem antes da prova. Pensar no que será feito evita surpresas e diminui bastante a ansiedade. Verificar o percurso, a altimetria, os pontos de hidratação, tudo faz parte. Planejar o ritmo, onde “queimar o asfalto”, onde dar uma relaxada. E, principalmente, acreditar no resultado dos treinos. Saber-se capaz de cumprir um objetivo é parcela importante na hora de alcancá-lo. Antecipar possíveis problemas também ajuda bastante. Contratempos acontecem e, se já tivermos uma estratégia previamente pensada, conseguiremos controlar mais facilmente o stress gerado.

Eu ouço música não só porque adoro música, mas me ajuda bastante a me manter motivada e concentrada (mantendo-me no pace previsto) durante a prova. Ocupar a mente, acompanhando uma música que nos agrada, não é apenas um estimulante, mas auxilia a evitar que pensamentos negativos apareçam. E, se aparecerem, “aquela” música alto-astral ajudará a espantá-los. Se, mesmo assim, eles insistirem em permanecer, receber e pensar nos estímulos externos que citei logo no início será essencial para retomar a motivação necessária. Já me aconteceu isso, e lembrar das palavras de incentivo me ajudou demais a resgatar aquele fiozinho de motivação que ainda restava dentro de mim. Não é à toa que um atleta (profissional ou amador) insista em agradecer à torcida. É um estímulo que muitas vezes pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

E para chegar ao final, qualquer motivo é válido. Desde o mais óbvio, que é terminar a prova no tempo planejado (ou menor) até o mais prosaico, que talvez seja correr para o banheiro mais próximo. Ao correr na chuva (que eu detesto) já fiquei pensando no banho quente que me aguardava em casa. Já pensei no alívio ao retirar os tênis depois da prova. Na cervejinha com os amigos para comemorar. Na macarronada ou no churrasco tradicional de domingo. Naquele brigadeiro de colher guardadinho na geladeira. Nos amigos esperando na tenda da assessoria. Nos chatos que duvidaram que eu conseguiria. Mas o que sempre dá resultado é imaginar a sensação de dever cumprido, da superação ao ultrapassar o pórtico da chegada. Querer sentir isso mais uma vez é um combustível que não falha.

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