Toon Town

coded by ctellier | tags: , | Posted On sábado, 23 de outubro de 2010 at 12:22

meteorologia: friozinho
pecado da gula: torradas com nutella
teor alcoolico: nada ainda
audio: alternativando #89
video: uma cilada para roger rabbit

Estava (re)vendo Roger Rabbit ontem. Eu sei, é praticamente um filme infantil. Mas é divertido de assistir. E, na minha opinião, um dos melhores filmes feitos "misturando" personagens reais (gente de verdade) e desenhos 2D. Resolvi, então, fazer um lista de filmes que usaram esse recurso.

Uma cilada para Roger Rabit
(Who Framed Roger Rabbit)
direção: Robert Zemeckis


Como já disse, o meu predileto. E, no meu entender, o mais bem feito também. A integração entre os atores e os cartoons é praticamente perfeita. Em certos momentos, tem-se a impressão que o elenco está realmente contracenando com os desenhos e não apenas atuando em frente a uma tela azul. O roteiro não é genial, mas não decepciona. O filme é recheado de clichês, a maioria deles fazendo referência a desenhos animados e filme noir, o que não deixa de ser uma homenagem.


Você já foi à Bahia?
(The Three Caballeros)
direção: Norman Ferguson, Clyde Geronimi, Jack Kinney, Bill Roberts, Harold Young


Até o lançamento de Roger Rabbit, era o que eu mais curtia. Disney é sempre Disney. E ainda gosto muito de assisti-lo.






Space Jam
direção: Joe Pytka
Vale a pena apenas para ver Michael Jordan jogando - porque atuando é um desastre. E logicamente para ouvir Pernalonga falando "What's up doc?"








Monkeybone - No Limite da Imaginação
Monkeybone
direção: Henry Selick










Speed Racer
direção: Andy Wachowski, Lana Wachowski










Tron - Uma Odisséia Eletrônica
direção: Steven Lisberger
Apesar de um pouco tosco, vale por ter levado ao cinema a noção de realidade virtual, onde os softwares são extensões do ser humano que os criou. Estou aguardando a estréia da sequência, Tron: Legacy, na expectativa de que o visual seja tão legal quanto o do game.






Encantada
Enchanted
direção: Kevin Lima










Mary Poppins
direção: Robert Stevenson
Pode até ser considerado um excelente musical, mas eu não gosto. Achei chato na primeira vez que assisti e não mudei de opinião depois, ao rever algumas vezes. Julie Andrews está bem, como sempre, apesar de eu preferi-la em "The sound of music".







Looney Tunes - De Volta à Ação
Looney Tunes: Back in Action
direção: Joe Dante











Mundo Proibido
Cool World
direção: Ralph Bakshi


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Sucesso

coded by ctellier | tags: | Posted On terça-feira, 19 de outubro de 2010 at 20:30

meteorologia: dia lindo de sol
pecado da gula: sorvete de massa
teor alcoolico: 2 smirnoff ice
audio: rapaduracast #205
video: lost season 06

Estava folheando uma revista há algumas semanas e, numa coluna sobre trabalho e carreira, havia um questionamento de um leitor que para alguns pode parecer tolo. Mas interessou-me bastante por ter gerado identificação imediata com meu modo de pensar. O leitor em questão afirmava que ao contrário de seus colegas de trabalho, não pretendia ser um exemplo de sucesso na vida profissional. Que ter o melhor emprego ou galgar cargos na hierarquia não era necessário à sua felicidade. E ele questionava se há algo de errado em ser assim, se ele poderia ser considerado pior que seus colegas por causa disso.

Eu, particularmente, penso como ele. E já há muito tempo deixei de me questionar se há um jeito certo ou errado de conduzir a vida profissional. Quando comecei a trabalhar, pensei que a melhor atitude era a dos colegas desse leitor - e da quase totalidade dos meus colegas, tanto do meu primeiro emprego, como do atual. Mas passado algum tempo, percebi que, apesar de parecer ser a melhor atitude para os demais, não era a melhor para mim. E durante certo tempo, assim como o leitor, questionei-me sobre isso. Ficava me perguntando se havia algo de errado, se eu seria inferior a eles por pensar dessa forma. Mas percebi simplesmente que a minha definição de sucesso é que diferia dos demais. Minha concepção era outra. O sucesso profissional, conforme a visão dos demais, não era (continua não sendo) ingrediente básico para o meu bem-estar, para minha felicidade.

Respeito os demais. Cada um é cada um. E acredito que devemos viver de acordo com a nossa definição de felicidade. Não consigo entender pessoas que resumem sua própria existência ao cargo que têm e à ambição de chegar a níveis hierárquicos mais elevados. Assim como provavelmente, esses não entendem a minha concepção de sucesso (ou a ausência dela). O que me incomoda são demonstrações explícitas e arrogantes de status profissional. O que me incomoda é que não respeitem o meu ponto de vista. O que me incomoda é que tentem me convencer que a outra visão é a correta, a melhor, a única possível.

Se há quem acredite que investir na carreira e se dar bem profissionalmente é o caminho, pois bem, lute por isso, corra atrás do que lhe traz satisfação. Eu, por outro lado, encaro o trabalho como um meio, não como um fim. Construir uma carreira não é algo que signifique realização pessoal para mim. Se meu salário me sustenta, para mim é o que basta. Não pretendo dedicar meu tempo a algo que não me satisfaz pessoalmente, e sucesso profissional definitivamente não faz parte dessa lista. E não sinto arrependimento algum por agir desse modo. Executo meu trabalho da melhor forma possível e espero não ser recriminada apenas por não ambicionar chegar algum dia a um cargo de direção na empresa onde estou.

Conversando com um amigo, ele argumentou que a ambição, o desejo de alçar vôos mais altos na carreira, é consequência da falta de bens e/ou dinheiro em algum momento da vida. Que quem, como eu felizmente, não sofreu esse tipo de privação possivelmente não tenha tanta ambição quanto os que sofreram. Discordo, em parte. Acredito que a ambição deva-se ao fato de estar insatisfeito com o que já se tem e não apenas, não necessariamente à falta de algo. Talvez a falta de “algo” potencialize essa ambição. Conheço pessoas nas mesma condições (financeiras/profissionais) que eu que são extremamente ambiciosas, que almejam “riqueza e glória”, parafraseando Indiana Jones. E para elas, atingir essa meta passa obrigatoriamente pela obtenção de status profissional. Não os condeno. Apenas esse não é meu modo de encarar minha vida profissional. Minha ambição é direcionada a outras coisas. Simples assim.

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