Simulador... de vôo? Não... de corrida!

coded by ctellier | tags: | Posted On segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 at 21:19

meteorologia: verão começa amanhã... hoje já faz calor
pecado da gula: corneto chocolate e caramelo
teor alcoolico: 2 smirnoff ice
audio: masmorra cast #29
video: being john malkovich

Apesar da polêmica gerada pela resolução estapafúrdia da Yescom em relação à distribuição das medalhas da São Silvestre (citada em post anterior), mantive minha decisão de fazê-la. Para onde foi o espírito esportivo? A recompensa após o esforço? Com essa atitude, perde-se totalmente a alma da corrida. Não deixo de achar essa “novidade” um total desrespeito ao corredor, mas eu, assim como tantos outros, gosto de fechar o ano correndo essa prova tão tradicional do calendário de corrida.

Sendo assim, participei ontem do “simulado de prova” organizado pela assessoria. Mesmo já conhecendo o trajeto, acho sempre muito bom poder percorrê-lo sem a muvuca e o tumulto naturalmente causado pelos milhares de participantes. Com a vantagem de ser feito logo cedo - saímos às 7:00 - esquivando-nos da combinação sol+mormaço que costuma ser simplesmente matadora no dia da prova. Justamente por sairmos cedo - cedo para uma manhã de domingo - conseguimos fazer boa parte do percurso na rua, evitando os desníveis e a buraqueira das calçadas.

Saímos no horário e eu, como em outros anos, me programei para completar o trajeto em, no máximo, 1 hora e 40 minutos, contando os pit-stops nos pontos de apoio e paradas forçadas em semáforos. Parti e percebi logo nos primeiros 100m que estava num daqueles dias bons, em que as pernas estão com gás suficiente para suplantar o planejado pelo cérebro. E segui, com um colega da assessoria, a um pace variando entre 5:10 e 5:15 até o primeiro apoio, no quilômetro 4, antes de entrar no elevado. Pensei que talvez fosse efeito do auxílio da gravidade pois, até ali, havia sido morro abaixo. Mas mesmo no elevado e no restante do percurso, o pace manteve-se, diminuindo um pouco nas ladeiras e pontes. Fechei o trajeto em 1h32min., pit-stops inclusos. Tempo muito melhor do que o da prova ano passado, que fiz em 1h40min.

Impressionante como a quantidade de pessoas nesses simulados aumentou significativamente nos últimos anos. No primeiro que fiz, há 3 anos, éramos alguns poucos intrépidos corredores e a preocupação de correr em grupos, principalmente nas ruas do centro velho, era grande. Hoje, nem faz mais tanto sentido, pois há sempre 3-4 corredores poucos metros à frente ou atrás. Não se corre mais sozinho em nenhum trecho.

Voltei para casa bastante satisfeita com o resultado do treino. Principalmente porque, na véspera, havia corrido 12km conforme indicado na minha planilha. Há pouco mais de um ano, fazer dois treinos longos na sequência era algo simplesmente impensável. Durante o treinamento para minha primeira maratona, percebi que isso além de factível não me deixava totalmente extenuada como seria de se esperar. Como comentado em outro post, condicionamento físico é algo recompensador. Satisfação garantida.

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Queimando livros » A ciência médica de House

coded by ctellier | tags: , | Posted On domingo, 19 de dezembro de 2010 at 20:05

meteorologia: calor... muito calor
pecado da gula: pão na chapa com manteiga (e nutella)
teor alcoolico: alguns chopps
audio: mitografias #34
video: zodiac

A ciência médica de House, Andrew Holtz

Li há algum tempo “A física de Jornada Nas Estrelas” (Lawrence Krauss) e gostei bastante. Apesar de achar que fosse um livro oportunista, tentando vender aproveitando-se da franquia Star Trek citada no título, comprei. Li e gostei bastante. Mas não precisa ser trekker para curtir o livro. Tem explanações bastante completas sobre a possiblidade da existência (ou não) de vários elementos da realidade de Star Trek: teletransporte, viagens no tempo, etc.

Tempos depois, vi nas prateleiras um título no mesmo estilo, mas abordando uma das minhas séries favoritas, House. Porém, diferente do livro de Krauss, o de Holtz é sim oportunista. Adquiri achando que veria no livro a mesma seriedade na análise dos casos tratados por House que vi nas análises dos fenêmenos físicos em Star Trek. Grande decepção. Texto superficial, análises rasas e pouco ou nenhum acréscimo de informações para os mais interessados em ciências médicas. É fácil de ler, justamente pela ausência de profundidade.

Um conhecido pediu-me o livro emprestado. Contrariamente aos meus hábitos, não só emprestei como disse que ele poderia ficar com o livro para si.
Li e não gostei. Não recomendo.

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