Pandora

coded by ctellier | tags: | Posted On segunda-feira, 25 de dezembro de 2006 at 13:26

meteorologia: calor, mas deve chover à tarde (de novo)
pecado da gula: chocottone, chocottone, chocottone... e stollen tb
teor alcoolico: champagne, muuuito champagne
audio: Pink Floyd
video: Cirque du Soleil (não resisti e comprei o box com 12 shows)


Pandora
A melhor rádio online que vi até hoje.
Monte a sua "estação" com seus favoritos e o sistema dela se encarrega de encontrar músicas que seguem o mesmo estilo. Se você não curtir a opção oferecida, basta indicar isso e essa música (e nenhuma outra semelhante) nunca mais tocará na sua rádio.
Como se isso não bastasse, traz ainda a capa do álbum e link para efetuar a compra.
Não é à toa que a rádio online do portal MSN incorporou a tecnologia do Pandora.

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Abismo do medo

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 23 de dezembro de 2006 at 19:22

meteorologia: tempinho feio... e a chuva não dá trégua
pecado da gula: várias tuiles de laranja e de pistache... ai que delícia!!!
teor alcoolico: até agora, 2 Stella Artois
audio: cd novo da Ana Carolina, "Dois quartos"
video: "Pulse", Pink Floyd

Abismo do medo (The descent), direção Neil Marshall
Claustrofóbico. Sufocante e claustrofóbico ao extremo.
A sensação de confinamento chega a dar vontade de apertar o Pause e ir até a janela respirar um pouco antes de continuar a assistir.

Numa dessas ondas de lançamentos de filmes com temas semelhantes, no caso terror em cavernas habitadas por estranhas criaturas, este no meu entender é o melhor da fornada.
Diferente dos demais (a saber, A Caverna e A Caverna do Medo), o elenco é quase exclusivamente feminino, uma vez que a única presença masculina é "descartada" logo no início.
O elenco, em parte desconhecido
(eu mesma custei a lembrar que tinha visto Nora-Jane Noone em The Magdalene Sisters) não prejudica em nada, ao contrário, a atuação das moças é responsável por boa parte da minha admiração pelo filme.
A ausência de um representante masculino, de um herói que se responsabilize pelo salvamento das mocinhas indefesas, não se faz sentir em momento algum. Mesmo personagens que pareciam inicialmente mais frágeis, demonstram sua força e determinação no transcorrer da estória.
Excelente também a (i)mobilidade da câmera, intensificando a sensação sufocante de saber-se preso numa caverna cuja única saída conhecida está obstruída. Para os que sofrem de fobia de locais pequenos e/ou fechados, assistir até o fim deve provocar mais do que um leve desconforto.
Enfim, vale conferir. Apesar da temática absurda é um ótimo filme do gênero. Para os cinéfilos, para os fãs de suspense, de terror, até para os fãs de gore movies, é uma ótima pedida.
Mais uma observação, contrariamente ao que costuma ocorrer, achei o cartaz brasileiro muito melhor que o original.

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Capote

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 12 de novembro de 2006 at 22:54

meteorologia: chuvas esparsas no decorrer do período
pecado da gula: 2 "quadradinhos" de hershey's cookies'n'caramel ... hummmmmmmm
teor alcoolico: 1 original, 1 skol lemon, 1 dose de black label
audio: Three Days Grace
video: The Fog (boa sessão da tarde)

Há muuuuito tempo não posto algum comentário. Shame on me!
E este vai ser bem curto. Curto e grosso.
Assisti "Capote" (vide post do dia 12/08/06), e realmente a performance de Philip Seymour Hoffman foi simplesmente magnífica. Conseguiu me surpreender o modo como personificou e /ou incorporou os maneirismos de Trumann Capote. Não há outro adjetivo a ser utilizado que nao seja "PERFEITO". Realmente merecido o Oscar de melhor ator.
O filme, apesar de atenuar um pouco a decadência de Capote enquanto escrevia "A sangue frio", é um bom retrato do nascimento de um livro. Não apenas mais um livro, mas um exemplar da mais pura literatura de não-ficção (nome dado pelo próprio Capote).
O livro, uma obra de arte.
O filme, bom, torna-se muito bom pela atuação esplêndida de Hoffman.
Ambos valem a pena.

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A sangue frio

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 12 de agosto de 2006 at 18:12

meteorologia: céu azul de brigadeiro
pecado da gula: pastel de feira (um só)
teor alcoolico: bohemia (2 até agora)
audio: kiss (mtv unplugged)

A sangue frio (Truman Capote) & Capote (direção Bennett Miller)
O filme eu ainda não assisti, pretendo alugar no próximo final de semana.
O livro eu já li e adorei. Apesar do assunto abordado, eu adorei. Apesar da crueza do texto, e talvez justamente por isso, eu adorei.
O brutal assassinato de toda uma família em uma cidade interiorana do Kansas desperta a curiosidade do repórter Capote que, ao relatar a estória dos 4 membros da família Clutter e dos 2 assassinos (Smith e Hickcock), diz ter inventado um novo gênero literário: o romance não-ficção.
Megalomania e egocentrismo à parte, o livro é realmente genial ao transpor de maneira magnífica a fronteira entre o real e o ficcional.
A frieza do relato dos assassinatos, a riqueza de detalhes que nos faz reconstruir mentalmente toda a cena, deixa um gosto amargo, uma sensação de estranhamento, um mal-estar que se estende por todo o livro, e que não termina ao virarmos a última página.
É excepcional a capacidade de análise de Capote ao descrever cada um dos "personagens" dessa estória sem final feliz.
Normalmente, um livro de "não-ficção" é lido aos poucos, sem pressa. Pelo menos comigo funciona assim. Esse foi diferente, totalmente diferente. Não conseguia parar de ler, a prosa é tão envolvente que eu lia e ia pensando "só mais uma página", e depois "só mais uma", e "mais uma", e "mais outra". E apesar de eu estar adorando a leitura, ficava um remorso pairando, por eu estar me deleitando com o relato verídico de um acontecimento capaz de deixar aquela cidadezinha inteira com medo.

O filme trata do período que Capote passou (6 anos) fazendo toda a pesquisa, entrevistas, etc., para escrever essa que seria a sua obra-prima (ainda que Bonequinha de Luxo seja também extraordinária). Mostra seu contato com os moradores de Holcomb, os policiais, detetives envolvidos e finalmente com os assassinos. Seu envolvimento com eles, especialmente com Perry Smith, o leva a fazer constantes visitas à penitenciária para entrevistá-los.
O pouco que vi do filme, em trailers e alguns spots, e da atuação de Philip Seymour Hoffman justificam o Oscar recebido por ele como melhor ator.

Mais comentários sobre o filme, leia aqui.

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"Dizem que todos os dias... "

coded by ctellier | | Posted On quinta-feira, 3 de agosto de 2006 at 12:42

meteorologia: brrrrrrrrrr... muito frio
pecado da gula: lasanha à bolonhesa
teor alcóolico: chopp escuro (2)
áudio: Afro Celt Sound System
vídeo: Daniel Boone (o seriado)

Recebi o texto abaixo de um colega (o Robson, do blog cidadãoEu listado ae ao lado). Não sabemos de quem é o texto, mas vale a leitura com certeza.

"Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos, que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão.
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja para não lembro bem o que faz, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulover.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia.
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo. Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina.
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!
Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes enquanto faz sexo.
Sobrou uma mão livre? Chame os amigos e seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana
na boca da parceira ou parceiro.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e, se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo a escova de dentes."

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Até mais e obrigado pelos peixes!

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 25 de junho de 2006 at 22:37

meteorologia: começou a chover... assim, sem mais nem menos
pecado da gula: pizza! pizza! pizza!
teor alcóolico: 1 dose de red label, 1 original, 2 smirnoff ice black, 1 bohemia...não necessariamente nessa ordem
audio: Cocteau Twins
video: Gladiator

Que decepção!
Estava curtindo tanto a leitura, me deleitando com as tiradas inteligentes de Adams, e chego ao último volume da coleção aguardando um "grand finale". Mas que nada!
Foi inesperado, não por conter uma reviravolta dessas que mudam todo o entendimento do estória, mas sim por estar aquém da expectativa criada pelos outros livros. Totalmente sem sal e pior, sem conclusão alguma. Talvez fosse essa a intenção do autor, mas eu esperava mais da inteligência sagaz de Douglas Adams.
Uma pena...

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Hostel

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 29 de abril de 2006 at 04:50

audio: Temple of the Dog
meteorologia: será que esfria no feriado?
teor alcoólico: 1 original, várias smirnoff ice
pecado da gula: um monte de esfihas de queijo

Hostel, dirigido por Eli Roth

Decepcionante. Não tenho outra palavra pra descrever minha sensação quando o filme terminou. Fui ao cinema para assistir um filme com a "apresentação" de Tarantino, o que no meu entender seria uma boa referência. Mas inexplicavalmente, Tarantino associou seu nome a algo que não chega aos pés da sua direção mais medíocre (na minha opinião, Jackie Brown).

Apesar da premissa interessante e bastante controversa, da boa fotografia e movimentação de câmera, o filme não se sustenta durante os 90min. da exibição. Parece que não tem roteiro, a atuação dos atores é sofrível, o "medo, choque e terror" prometidos pelo trailer não passam de uma sucessão de cenas nojentas. Deveria ter sido vendido como um filme gore, a exemplo dos excelentes filmes de Dario Argento (apesar de não ser tão bom quanto eles), e não como uma "cria" de Tarantino, o que me levou e provavalmente levou outros cinéfilos a pensar que a produção era algo próximo a Reservoir Dogs, com textos de dar inveja a qualquer bom escritor.

O filme se arrasta na primeira metade, em que mais parece uma dessas comédias pueris, no pior estilo American Pie, com personagens rasos, repleta de diálogos mal escritos e chauvinistas ao extremo.
Segue-se a suposta "ação", durante a qual sofrem os de estômago mais fraco. Culminando com um final previsível, em que o sobrevivente (porque sempre deve restar ao menos um) vinga-se de um dos torturadores, tendo a lei de Talião como justificativa: "Olho por olho, dente por dente" (no caso, dedo por dedo). E não satisfeito, vinga-se de quem o fez chegar àquele circo de horrores.
Some-se a isso, uma visão extremamente deturpada dos países do leste europeu, e o resultado seria um filme perfeitamente dispensável não fosse pela discussão que levanta acerca da violência, do sadismo, da falsa moralidade da sociedade e do que se esconde por trás da banalidade do dia-a-dia. Não digo que não vale o valor do ingresso - o efeito pós-filme teria sido o mesmo se o público acessasse o site que (supostamente) deu a idéia a Eli Roth, sobre bizarrices tais como gente que paga para torturar outras pessoas - pois a reflexão que se segue compensa os maus bocados passados no cinema (seja pelas cenas asquerosas, seja pelo roteiro ruim).

Enfim, apenas esperava que uma idéia tão instigante tivesse vindo acompanhada de um bom roteiro e de uma boa direção de atores, o que infelizmente não aconteceu.

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O que Einstein disse a seu cozinheiro

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 23 de abril de 2006 at 19:45

teor alcoólico: muuitas caipirinhas, 1 original
pecado da gula: muuuuita carne, afinal era um churrasco
meteorologia: céu azul de brigadeiro
audio: Jack Johnson


O que Einstein disse a seu cozinheiro (vol.2), de Robert L.Wolke
Imprescindível pra quem curte gastronomia em geral, cozinhar ou apenas degustar, e que tem curiosidade pela física (ou química) das receitas prediletas.
Legal pra saber como a mistura de ovos e óleo se transforma em maionese ou descobrir a maneira mais rápida de gelar um drink. É o tipo de cultura não totalmente inútil no dia-a-dia e extremamente útil para entreter seus convidados enquanto o jantar não fica pronto.
Apesar de algumas das respostas serem voltadas especificamente aos leitores norte-americanos, não deixa de ser uma leitura muito divertida, além de conseguir satisfazer nossa curiosidade e responder muitas das nossas perguntas, principalmente as que aparecem quando algo dá errado numa receita.


Para os que gostam de cozinhar, há algumas receitas para testar (e atestar) as afirmações do autor.
Certamente, serve mais como um almanaque do que como "literatura", o que não tira o mérito do livro. Diversão garantida para os curiosos gastronônicos (e alcóolicos tb).

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O guia do mochileiro das galáxias

coded by ctellier | tags: | Posted On segunda-feira, 17 de abril de 2006 at 21:36

meteorologia: esfriou mesmoooo... brrrrrr...
audio: Dave Mathews Band
pecado da gula: várias fatias de queijo minas curado
teor alcóolico: 1 original, 1 dose de red label

O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams
Inicio com esse, porque amanhã já começo a ler o 2o. volume - O restaurante no fim do universo.
Descobri que pra quem curte ciência - e digo "curtir" no sentido de se deliciar com boas sacadas e ótimos raciocínios científicos - essa coleção é um prato cheio, diversão do começo ao fim. Repleto de referências a teorias científicas (fatos tb) indo da física ã internet, da matemática à religião, achei simplesmente genial. Além do humor, a sátira sempre inteligente à sociedade, suas instituições e valores fez com que eu incluísse o título na minha lista de livros prediletos.
E eu nem estava muito interessada nele. Um comentário sobre o autor no livro O tecido do cosmo, de Brian Green, me incentivou a lê-lo. Sabia que um filme baseado nele estava em produção, mas ainda não estava convencida de que valeria apena ler o livro e assistir ao filme.
Aliás, como sempre, o filme fica muuuito a dever ao livro, deixando no limbo várias das tiradas mais deliciosas. Quem viu o filme sem ter lido o livro, provavelmente além de ter achado o roteiro
totalmente non-sense, deve ter ficado "boiando" em algumas cenas que só ficam engraçadas e fazem sentido apenas para os leitores prévios. E, no meu caso, foi um dos casos em que a personificação dos personagens na tela não correspondeu nem um pouco à imagem que eu havia feito deles durante a leitura.
Douglas Adams não chegou a ver seu livro em película, pois faleceu enquanto o filme ainda estava na fase de pós-produção. Gostaria de ter podido saber sua opinião sobre o filme.


"
There is a theory which states that if ever anyone discovers exactly what the Universe is for and why it is here, it will instantly disappear and be replaced by something even more bizarre and inexplicable.

There is another theory which states that this has already happened.
"
(introduçao de O restaurante no fim do universo)

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Bienal do Livro

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 8 de abril de 2006 at 22:42

meteorologia: agora chove...
audio: Marisa Monte - Universo ao meu redor
teor alcóolico: 1 caipirinha, 1 original
pecado da gula: 1 porção grande de pão de queijo



Como sempre, foi impossível sair da Bienal do Livro sem ter adquirido algo.
Comprei e li os 4 na sequência... debulhei um por semana (de volta aos bons tempos).
Nos próximos posts virão os comentários e impressões sobre cada um deles.

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As crônicas de Nárnia

coded by ctellier | tags: | Posted On quinta-feira, 12 de janeiro de 2006 at 15:23

meteorologia: tempo quente... muuuito quente
pecado da gula: 2 bolas de sorvete (brigadeiro e crocante)
teor alcóolico: 1 bohemia
audio: Smiths

As Crônicas de Nárnia - C.S.Lewis
Terminei de ler, ufa!!!
Recomendo a todos que assistiram ao filme e gostaram, mas aos que não gostaram do filme... recomendo também. Não apenas são estórias sobre crianças, são estórias para crianças (independente da idade). O formato da narrativa assemelha-se ao dos contos de fada e em alguns momentos me fez lembrar de "As Mil e Uma Noites", provavelmente devido às muitas reviravoltas no enredo. Apesar das evidentes referências bíblicas (a mais gritante, o fato de homens e mulheres serem denominados de "filhos de Adão" e "filhas de Eva", respectivamente), do caráter maniqueísta e das inúmeras lições de moral, a estória é envolvente o suficiente para nos fazer ir até o final das aventuras das crianças (mesmo que eu tenha achado o desfecho bastante decepcionante e previsível). E o comentário que ouvi várias vezes dizendo que "ah, é um Senhor dos Anéis para crianças" simplesmente não procede. Mesmo que todas as estórias ocorram num universo fantástico, cujo maior diferencial são os animais falantes, não chega nem perto de todo o mundo "engendrado" por Tolkien - que criou toda a genealogia dos povos da Terra Média, além dos idiomas de cada um deles.

Agora, o filme... ah, o filme...
Eu assisti e foi mais uma das adaptações de livro que eu saí do cinema afirmando que o livro era muuuuuuito melhor que o filme. Infelizmente, não correspondeu às expectativas.
Sobre a produção, faço minhas as palavras de Pablo Villaça, publicadas originalmente no site CinemaEmCena (leia aqui).

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Guerra dos mundos

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 1 de janeiro de 2006 at 19:39

meteorologia: ... e o ano novo começou molhado
teor alcóolico: meia garrafa de champagne
pecado da gula: 2 sonhos no café da manhã (um recheado de creme, outro com doce de leite)
audio: The Corrs (Live in Dublin)

Guerra dos Mundos (War of Worlds) - direção Steven Spielberg

Contrariando a indicação da grande maioria das pessoas que comentaram sobre o filme comigo, aluguei. Tanto para "ver para crer", como São Tomé, como para poder falar mal também, mas com conhecimento de causa.
Apesar da boa premissa (baseada no livro de H.G.Wells), e de versões anteriores bem sucedidas (vide a radiofônica de Orson Wells, que causou pânico nos ouvintes), ficou aquém da expectativa. Nem parece filme do Spielberg. Onde está o terror causado por Jaws? e as cenas de impacto de Saving Private Ryan? Deixa a impressão de que a cenas mais fortes, agressivas, sangrentas até, foram todas cuidadosamente suprimidas do filme. E o desfecho, que deveria ser no mínimo grandioso, também deixa a desejar. Não que a solução não seja inteligente, mas poderia ter mais impacto, ao menos para avisar ao espectador desatento que o filme está para acabar,
Enfim, decepcionante. Saudade do Spielberg de 20 anos atrás...

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