12 Angry men

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 9 de abril de 2011 at 22:53

meteorologia: ah, chuva não...
pecado da gula: banana chips
teor alcoolico: 2 smirnoff ice
audio: add #824

"It's always difficult to keep personal prejudice out of a thing like this. And wherever you run into it, prejudice always obscures the truth. I don't really know what the truth is. I don't suppose anybody will ever really know." (juror #8)

"12 angry men", direção Sidney Lumet

Tinha começado a escrever este post há algum tempo e, junto a mais alguns outros, ficou inacabado. Com o falecimento de Lumet, achei que seria um boa hora para sentar e terminá-lo.

Filme de estréia de Lumet, é mais um exemplo de um diretor em início de carreira cujo primeiro filme é um trabalho extremamente primoroso, quase beirando a perfeição. Pelo formato do filme, não resta dúvida que seja a adaptação de uma peça de teatro. Todo ele se passa num único cenário: uma sala, uma mesa, doze cadeiras, um bebedouro, um banheiro. Contrariando as expectativas, não se trata apenas de uma peça encenada e filmada. O filme é muito mais que isso. Consegue ser denso e intenso o suficiente para prender a atenção do expectador do começo ao fim.

Como boa parte dos grandes filmes, não há nada de rocambolesco no enredo, o mote é extremamente simples. Doze jurados devem decidir sobe a culpa ou não de um réu acusado de assassinato, sob pena de morte. Onze deles têm certeza absoluta de que ele é culpado e rapidamente votam pela condenação. Mas um deles, o jurado número 8 (Henry Fonda, sempre notável), não acredita plenamente na sua inocência, mas também não o acha culpado. E, para o veredito final, a votação deve ser unânime. Não há 11 votos a 1. É tudo ou nada. Não há meio termo.


O que se segue é o embate verbal de um contra onze, decidido a reanalisar os fatos, pois o que está em jogo é a vida de um jovem. O filme não é longo, apenas 96 minutos. E nem precisa. É tempo suficiente para revelar as características de cada jurado durante as discussões sobre o caso. Aliás, o fato de o réu ser inocente (ou não) é apenas o Mcguffin do filme. O debate entre o jurado número 8 e os demais é a deixa para questionar se o destino de um homem pode ser definido por seus semelhantes apenas baseado em evidências circunstanciais.

Como um microcosmos, o grupo é bem diversificado (exceto pela ausência de mulheres), composto por indivíduos de várias idades, profissões e situações sociais e econômicas. Interessante notar que nenhum deles têm nome, todos eles são identificados como jurado número 1, número 2 e assim por diante. Apenas a identidade de dois deles é estabelecida, pouco antes do final. Ao se despedirem, o jurado número 8 apresenta-se como Sr.Davis e o número 9 como Sr.McCardle. Durante todo o evento, cada um deles é identificado por sua profissão ou pelo trabalho que exercem: arquiteto, pintor, treinador de futebol, bancário, etc. Percebe-se também, no decorrer do filme, a diversidade de personalidades. Há o tímido, o intelectual, o imigrante, o humilde, etc. E os detalhes da personalidade de cada um é desnudade à medida que o filme avança, enquanto o jurado número 8 tenta destrinchar o que realmente ocorreu.

A batalha psicológica empreendida pelo jurado número 8 é o que garante toda a tensão durante o filme. Tensão garantida e intensificada pelo clima claustrofóbico do cenário. Inicialmente atacado por todos os demais, que acreditam na culpa do réu, ele aparentemente é o único interessado em entender exatamente o que houve para poder dar seu parecer de acordo. E não simplesmente basear-se em pré-conceitos e impressões sobre a natureza do caso. O roteiro mostra toda a sua força e qualidade na argumentação meticulosa do jurado número 8. Ele parte da premissa de que tudo depende da maneira como se observam os fatos. Questionando cada detalhe dos autos, cada afirmação das testemunhas, seu intuito é garantir que cada um deles isoladamente corrobore os demais. Qualquer discrepância abrindo margem à dúvida.

É uma obra-prima. Todo amante de cinema precisa assistir, assim como estudantes de Direito, pois é uma aula magistral de argumentação e negociação.
Eu recomendo.

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Tribunais

coded by ctellier | tags: , | Posted On at 16:22

meteorologia: dia ensolarado
pecado da gula: haagen-dazs caramel biscuit & cream
teor alcoolico: 1 stella artois
audio: nerdcast #254
video: le pacte des loups

Em tom de homenagem à Sidney Lumet, resolvi retomar um post rascunhado sobre um dos melhores filmes de tribunal que já assisti - "12 Angry men". Enquanto terminava de escrevê-lo, achei que seria interessante listar bons filmes com essa temática. Nem todos se passam integralmente no tribunal, mas o foco do filme e, em decorrência, o ápice da estória é um julgamento. "12 Angry men" é disparado o meu predileto, mas os demais também valem a pena ser assistidos.




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Review » runtastic

coded by ctellier | tags: , | Posted On sexta-feira, 8 de abril de 2011 at 07:30

meteorologia: nublado ainda
pecado da gula: pé-de-moleque
teor alcoolico: nada ainda
audio: 1+1 podcast #4
video: 300

Apesar de utilizar o Endomondo Pro (www.endomondo.com) - sobre o qual eu já deveria ter escrito - o primeiro review de app Android para corredores e/ou atletas em geral é sobre o runtastic (www.runtastic.com). Não conhecia a app até o @diariodoandroid entrar em contato comigo, perguntando se eu tinha interesse em testar e dar a minha opinião, já que (réu confesso) admitiu não ser afeito a atividades físicas. A descrição da app no Android Market era similar a praticamente todos os apps desse nicho: um GPS tracker que também serviria com treinador. Será mesmo?

Bom, instalei o software e iniciei o teste. Mesmo sendo meu day-off, já conseguiria avaliar a interface, as configurações, as integrações, a usabilidade.
Primeiro passo, login. A exemplo de várias outras aplicações android (e web-based também), há a possibilidade de utilizar-se do perfil do Facebook para logar. Ponto a favor. Mas aconselho cadastrar o usuário no runtastic a fim de aproveitar de todos os recursos disponíveis no site do aplicativo. Aliás, o site é tipo uma comunidade virtual para corredores. Assim como nas redes sociais da moda, é possível convidar os amigos, trocar mensagens, incluir fotos, além de cadastrar treinos e eventos, consultar o histórico de atividades, visualizar as estatísticas e gráficos referentes aos seus treinos. Ainda sobre redes sociais, é possível compartilhar suas atividades tanto no Twitter quanto no Facebook.

A tela principal é bem simples. Ideal para quem pretende conferir as informações durante o treino. Além dos controles óbvios para iniciar e pausar/encerrar a atividade e de informações sobre o tempo decorrido, a distância percorrida, a frequência cardíaca, há um set de informações que se alternam a um toque na tela: velocidade (km/h), pace (min/km), calorias gastas, variação de altitude e respectiva velocidade média, altitude mínima e máxima. Referente às unidades, para os países que, diferente da maioria mundial, não se utilizam do sistema métrico, é possível optar pelo sistema “Imperial” .

A configuração que me fez pensar seriamente em passar a utilizar o runtastic foi a lista gigantesca de atividades físicas disponíveis. É um diferencial e tanto. Constam dela, tanto atividades outdoor (nada de mais): corrida, ciclismo, mountain biking, skate, escalada, caminhada, surf, vela, frisbee; quanto atividade indoor (grande sacada): corrida em esteira, pilates, yoga, tênis de mesa. Isso realmente me surpreendeu. E é o que faz desse app não apenas um GPS Tracker, mas um companheiro de treino, de qualquer atividade física. Logicamente, isso só é factível se tiver um frequencímetro sincronizado. E, por enquanto, há duas opções possíveis: Polar WearLink+Bluetooth (http://bit.ly/gYEnCV) ou Zephyr HxM Bluetooth (http://bit.ly/gy9NAH). Como meu frenquencímetro não é nenhum desses modelos, não pude testar o software indoor.

Sobre o uso comum, com o GPS, além de poder conferir em tempo real a sua posição e rota no mapa (Google Maps), é possível permitir que familiares e amigos acompanhem seu deslocamento. Além disso, há a possiblidade de uso do Geotagging.

Para quem curte - eu pessoalmente não costumo usar - há a opção de feedback de voz, com 5 opções de idiomas: inglês, alemão, francês, italiano, espanhol. Pode-se configurar quais informações serão dadas - distância, duração, pace, etc. - assim como o intervalo (em km ou minutos). Outras configurações úteis: upload automático das atividades e contagem regressiva para o início da atividade.

Depois de encerrar e salvar a sessão, o relatório gerado é simples mas bastante completo, assim como o gráfico: variação de velocidade, altitude e frequência cardíaca a cada quilômetro, além do percurso no mapa. Ao salvar a sessão, pode-se indicar a natureza do terreno percorrido (asfalto, terra, etc.), o clima (ensolarado, chuvoso, etc.), a temperatura. Pode-se optar por compartilhar o registro (Twitter ou Facebook) a partir do celular ou do site. O upload para o site não é demorado, mesmo sem utilizar o 3G.

Enfim, é um aplicativo bem completo, fácil de usar e que cumpre o que promete. Ótima opção para os praticantes de atividades físicas.

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♫ Eu me irrito muito, eu me irrito muito ♫

coded by ctellier | tags: , | Posted On segunda-feira, 4 de abril de 2011 at 20:53

meteorologia: chuvinha chata intermitente
pecado da gula: pé-de-moleque
teor alcoolico: 2 smirnoff ice, 2 stella artois
audio: rapaduracast #228

Tem dias em que nada dá certo. Às vezes, isso se estende e a semana inteira parece que não termina, com os problemas brotando às dezenas. Quando isso acontece, com o mau-humor ligado no máximo, qualquer coisa irrita.
Estava nessa "onda" dias atrás e comecei a tuitar coisas que me irritam no Facebook - e não são poucas. Apesar de ser muito melhor que o Orkut, há coisas lá que conseguem nos tirar do sério em dias normais - imagine então nesses "bad days"? Certamente, vários itens da lista não são exclusividade do Facebook, mas é lá que eles me irritam...


#CoisasQueIrritamNoFB

  • Quando ele pára de publicar os tuits, mesmo estando parametrizado p/ isso... #FAIL
  • Pessoas que não conseguem entender a diferença entre postar no 'wall' alheio e mandar mensagem privada. Tratar de assuntos pessoais na TL não é legal #FAIL
  • Correntes do tipo: se vc é 'qq coisa' ou apóia 'qq coisa' deixe este bla-bla-bla na sua TL. Pior é o tom é de ameaça... dá a entender que quem não fizer é um verme #FAIL
  • Apps idiotas que até pessoas que vc julgava inteligentes perdem tempo jogando ou usando. Mais uma bloqueada... #FAIL
  • Pessoas que te marcam em todas as fotos possíveis (e os avisos a cada comentário nessas fotos) #FAIL
  • Pessoas que dão "Like" em tudo, de todos na sua TL, indiscriminadamente #FAIL
  • As sugestões esdrúxulas de pessoas que talvez eu conheça para adicionar. Seilá qual o conceito por trás delas, mas não funciona direito #FAIL
  • Pessoas que usam o "Comment" como se fosse o msn. Depois da 3a. ou 4a. msg, custa chamar o interlocutor pro chat? #FAIL
  • Convites de pessoas que vc simplesmente não conhece (e nem tem interesse em conhecer) #FAIL
  • Pessoas que tiram férias e publicam TODAS as dezenas de fotos tiradas durante a folga, pq o FB é burro e gera um post a cada 2-3 fotos incluídas, poluindo a TL alheia de inutilidades #FAIL

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