"Grite com ele!"

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 25 de fevereiro de 2012 at 17:14

meteorologia: calor abafado
pecado da gula: misto quente da bella paulista
teor alcoolico: nada ainda
audio: nerdcast #299
video: criminal minds

Como treinar o seu dragão (How to train your dragon)
Cressida Cromwell

Uma conjunção de fatores fez com que a minha lsita de leitura fosse "furada" por este livro.
A equação resume-se a curiosidade + promoção + custo + tempo + preguiça.

Já há algum tempo tinha uma grande curiosidade sobre essa coleção de livros, principalmente depois de assistir ao filme homônimo. Aqui vale um parênteses. Conforme a própria capa da edição atual do livro informa, o filme foi inspirado no livro. Ou seja, a estória escrita serviu de base para o roteiro, apenas isso. Os personagens são os mesmos, assim como o ambiente, mas a trama é diferente. Mas, apesar disso, o "clima" da narrativa foi reproduzido fielmente. É quase como se assistíssemos a mais uma aventura dos vikings.

Há duas semanas rolou uma promoção na Fnac online, com uma lista imensa de livros a R$ 19,90. Isso é algo simplesmente irresistível para uma leitora - e compradora de livros - compulsiva como eu. Consegui conter minha ânsia consumista e acabei selecionando apenas dois: "Clarice na cabeceira - crônicas" e "O evangelho segundo Jesus Cristo". Esses foram os que restaram de uma escolha prévia de 15 títulos. Ao esvaziar o carrinho de compras, percebi que, adquirindo 3 livros ou mais, era garantia de frete grátis. Sendo assim, devolvi um livro ao carrinho, que foi este de Cressida Cromwell.

O pedido foi entregue 4 dias depois, quando eu já havia terminado de ler o livro do desafio de fevereiro (post do livro e do desafio). Faltando ainda uma semana e pouco para o início de março, precisava preencher o tempo com algo não muito longo. E, depois de ler dois livros que me consumiram bastante, o do Miguel Nicolelis e a biografia de Clarice Lispector, queria algo bem leve para literalmente - e literariamente - me distrair. E dentre os três, este era a escolha mais óbvia.

Minhas melhores lembranças literárias são de livros infanto-juvenis. Alguns por terem sido os primeiros em algum gênero (mistério, policial, etc.), outros por terem sido os mais divertidos, outros por terem sido os mais relidos. Sendo assim, não tenho vergonha alguma em admitir que eu gosto, ainda gosto muito desse setor das livrarias/bibliotecas. O que tento fazer, mas nem sempre consigo é mergulhar no universo do livro e "curtir a viagem" assim como o fazia na minha infância e adolescência. E este livro obteve isso de mim sem qualquer esforço adicional meu.

Como quase sempre faço, principalmente quando pouco conheço do livro que vou me aventurar a ler, li a contracapa e as orelhas antes de iniciar. E já ali, a autora me fisgou. Ela se apresenta como a pessoa que traduziu do antigo norueguês as estórias de Soluço Spantosicus Strondus III, ou simplesmente Soluço. Boa tática, fazer do "extraordinário herói viking" o dono da estória. E pode-se contar mais um ponto para a autora ao confessar que "adoraria ter um dragão de estimação". Que criança imaginativa e fã de estórias de aventura não gostaria de ter um?

O livro é repleto de ilustrações que parecem ter sido feitas a lápis. Ótima sacada. Mais um ingrediente para deixar o leitor com a certeza de estar lendo o relato original de Soluço. E não apenas no meio da estória. Até na página que contém a ficha do livro há anotações manuscritas. E não é apenas isso, há ilustrações que simulam recortes de páginas com informações sobre dragões e afins - como as antigas agendas de adolescentes repletas de colagens e recortes. Visualmente, o livro é bastante atraente.

Mas apenas isso não faria do livro o sucesso que é. A estória também é muito bem contada. Conforme a sinopse da editora, "Ele precisava desesperadamente capturar e treinar um dragão, e teria de ser o animal mais impressionante de todos. Mas tudo o que conseguiu foi uma criaturinha pequena e banguela, nada ameaçadora. Foi então que seu destino de herói começou a ser traçado."
Simples, não? Mais uma estória de um garoto atrapalhado que precisa provar seu valor. Porém a forma sarcástica e divertida como a autora conta as aventuras de Soluço e Banguela é todo o diferencial. Consegue ser singelo sem deixar o tom aventuresco de lado. O texto é tão gostoso de ler que certamente deve agradar aos adultos também. Eu sou suspeita para falar. Mas gostei bastante. Senti-me de volta à pré-adolescência lendo "A vaca voadora", de Edy Lima.

Enfim, se eu tivesse filhos com idade para consumir esses livros, certamente já os teria comprado todos. Porém acho que consigo me conter mais um pouco e esperar por uma promoção de um box com a coleção completa.


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Drops » Children of heaven

coded by ctellier | tags: , , | Posted On quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012 at 16:00

meteorologia: sol e calor
pecado da gula: filet moutarde
teor alcoolico: nada ainda
audio: trailercast #10
video: videocast pipoca e nanquim

Children of heaven (Bacheha-Ye aseman)
roteiro e direção Majid Majidi

É realmente uma pena que produções cinematográficas que não sejam faladas em inglês cheguem em tão pouca quantidade aos cinemas. Há muita coisa de boa sendo feita por aí, sem o glamour das megaproduções hollywoodianas. E, talvez, por isso, a qualidade dessas produções deva-se à soma de boas estórias e bons personagens. Penso nisso sempre que assisto a um filme “fora do mainstream”. Vez ou outra, alguma produção européia, asiática, africana, sul-americana ou do Oriente Médio recebe um pouco mais de divulgação por ter estourado em outros mercados ou, em geral, por ter sido extensivamente premiada - ou indicada ao Oscar. Mas poderia ser pior. Poderíamos nem tomar conhecimento dessas produções.

Esse filme iraniano é um desses casos. Ao pensar em cinema iraniano, imediatamente vem-me à cabeça o nome de Abbas Kiarostami - e apenas ele. Possivelmente, se esta produção não tivesse sido indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro - no mesmo ano da indicação de “Central do Brasil - não chegaria ao conhecimento de muita gente, eu inclusive. Para ser honesta, apenas fiquei sabendo da sua existência ao ler uma matéria na revista O2 de fev/2012, A corrida no cinema, que listou “os melhores filmes que têm a competição esportiva como tema”. Achei o filme, por acaso, no acervo do Netflix e acabei assistindo enquanto corria na esteira.

A estória é cativante por sua singeleza e simplicidade. Ali, um garoto de 9 anos, inadvertidamente perde o único par de sapatos de sua irmã mais nova, Zahra. Sabendo que o pai não teria condições de comprar outro par, devido à condição de pobreza da família e, querendo evitar que ambos apanhem por causa do ocorrido, Ali sugere a Zahra que revezem seu único calçado, um par de tênis gastos. Depois de alguns contratempos envolvendo as trocas de calçado e os sapatos perdidos, Ali visualiza a possibilidade de resolver o problema participando de uma competição local de corrida.

Nitidamente é um filme para crianças. Apesar de ser falado em persa, apesar de ser legendado. A linguagem é simples e a legenda pode ser lida com facilidade pela maioria das crianças entre 9 e 10 anos. Mas muito pode ser apreendido visualmente, pois as cenas são bastante expressivas, muitas vezes dispensando os diálogos - como em alguns ótimos desenhos animados em que há apenas a trilha sonora. E mesmo sendo um filme para crianças, não há dúvidas de que cativa também aos adultos. A inocência e a alegria intrínseca dos personagens gera uma empatia que enternece. É um daqueles filmes que terminamos de assistir com um sorrisinho no canto dos lábios e a sensação de que nem tudo está perdido.


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Tirando o atraso

coded by ctellier | tags: , , , | Posted On terça-feira, 21 de fevereiro de 2012 at 13:14

meteorologia: garoinha chata
pecado da gula: panquecas
teor alcoolico: nada ainda
audio: jotacast #26
video: person of interest

Aproveitando o feriado, estou tentando arduamente colocar minha playlist de podcasts em dia. Confesso, estou há semanas sem ouvir alguns dos meus prediletos. E, como estou ocupando o tempo livre também para assistir filmes e séries de tv, segue uma lista dos podcasts sobre cinema e tv que eu mais escuto.


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