Ulisses

coded by ctellier | tags: | Posted On quarta-feira, 26 de outubro de 2005 at 22:17

pecado da gula: 1 fatia de bolo de banana
meteorologia: meio maluca essa primavera
teor alcóolico: 1 dose de Red Label
cafeína: 4 cafezinhos, 1 capuccino
som: Jack Johnson

"Ulisses" (James Joyce)
Ufa! Finalmente cheguei até a metade do livro. Satisfeita comigo por ter passado a barreira das primeiras 100 páginas, o que simplesmente não consegui fazer ao tentar ler a outra tradução do livro, por Antonio Houaiss. E, como afirmou um amigo meu bibliófilo, esse não é um livro a ser lido num fôlego só, pede tempo de degustação.
Esta tradução, feita por Bernardina da Silveira Pinheiro, devolve à obra o imenso prazer da leitura. Quem leu "Grande Sertão: Veredas" e se encantou com os neologismos de Guimarães Rosa, certamente encontra em "Ulisses" o mesmo caráter lúdico da linguagem, a mesma liberdade fonética e, em certos momentos, a mesma estrutura narrativa que acompanha o fluxo de pensamento do personagem.
Assim como tantas outras obras, inclusive de outras mídias (vide O Brother, Where Art Thou? dirigido por Joel Coen) o livro é livremente inspirado na "Odisséia", de Homero, e descreve um dia na vida de Leopold Bloom (16 de junho de 1904, em Dublin). Mas diferente das outras, esta não é apenas mais uma entre tantas releituras do clássico de Homero. Por grande parte da crítica literária, "Ulisses" é considerado um dos melhores livros do século passado.
Cada capítulo do livro cobra mais ou menos uma hora do dia, começando às 8 da manhã. O que mais achei interessante até agora, além da linguagem, é que cada capítulo tem um estilo de narrativa diferente e cada um deles é relacionado a uma cor e órgão do corpo humano (essa lista vem no início do livro).
Bom, ainda estou degustando... quando terminar, volto a escrever sobre ele.

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