Desencanto

coded by ctellier | tags: | Posted On sábado, 20 de março de 2010 at 18:00

Eu faço versos como quem chora de desalinho...
.. de desencanto...
fecha o meu livro,
se por agora não tens motivo nenhum de pranto
meu verso é sangue. Volúpia ardente...
tristeza esparsa... remorso vão...
Doi-me nas veias.
Amargo e quente cai gota a gota do coração
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
deixando sabor doce na boca
que faz versos como quem morre!

Manuel Bandeira

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