E eu gosto!

coded by ctellier | tags: | Posted On domingo, 30 de janeiro de 2011 at 22:24

meteorologia: calor? continua...
pecado da gula: sorvete
teor alcoolico: 2 itaipavas quase congelando
audio: papo de gordo #58

Já diziam nossos pais e avós: “Respeito é bom, e eu gosto!”.

Concordo plenamente. Já escrevi aqui sobre educação e deseducação* no trânsito, da qual costumo ser alvo tanto como pedestre, motociclista ou ciclista nesse trânsito alucinado de São Paulo. Hoje, o assunto é o mesmo, mas sob o ângulo de corredora amadora e participante de provas pedestres mensalmente.

Numa prova - como a de hoje, da Oral-B - infelizmente presenciamos e/ou sofremos várias demonstrações da falta de educação de alguns indivíduos. A começar pelo empurra-empurra da largada. Na maioria das provas “maiores” (5mil participantes ou mais), apesar de haver divisões pelo pace pretendido pelos corredores, muitos, mesmo cientes de que não seguirão o ritmo do pelotão onde estão, insistem em aglomerar-se à frente. Quem está ali corretamente acaba sendo prejudicado. Achando-se espertos por largar mais à frente, atrapalham os mais rápidos, que são obrigados a ziguezaguear para desviar desses corredores mais lentos. E, inevitavelmente, no momento da largada, é difícil não ser empurrado por algum pseudo-apressadinho que algumas centenas de metros adiante já estará correndo com dificuldade ou caminhando.

Outro ponto crítico são os postos de hidratação. Comprovei isso hoje. Habituei-me a pegar água sempre nos postos localizados do lado esquerdo da rua, por estarem sempre mais vazios. Devido à aglomeração citada acima - que durou até quase a metade da prova - não consegui encaminhar-me para a esquerda. Por falta de opção, mantive-me à direita decidida a pegar a água no último posto, sempre menos cheio. Realmente, estava menos cheio que os demais, mas fui surpreendida por um brutamontes sem educação que só faltou passar por cima de mim. Pisou de tal maneira no meu tênis, que até o sensor inercial se soltou. Minutos preciosos perdidos ajeitando tudo de volta e num trotezinho leve até sentir meus dedos novamente. O corredor podia estar distraído? Podia, sim. Pode não ter calculado bem a distância e a velocidade para pegar o copo? Também é possível. Mas o mais incrível foi ele ter continuado como se nada tivesse acontecido. Não parou, não se virou sequer para se desculpar. Esse, definitivamente, deixou a boa educação em casa - se é que a teve algum dia.

Algumas dezenas de metros após os postos de hidratação também são motivo de atenção, pois há sempre um(a) mal-educado(a) que atira seu copo de água sem olhar se vem vindo algum outro corredor, como se ele(a) fosse o(a) único(a) a se esforçar para terminar a prova.

É nessas aglomerações que presenciamos com mais frequência esse tipo de comportamento. Mas não há animação, tentativa de superação ou “barato” de corrida que justifique a falta de respeito.

Apesar disso tudo, continuo participando de provas, pois os prós são bem mais numerosos que os contras.
Legal encontrar os #twittersrun antes da prova.
Legal correr com o pessoal do trabalho.
Legal terminar e perceber que apesar do calor foi possível manter um pace por volta de 5:20.
Legal voltar pra casa com a sensação de dever cumprido.


* sim, o Michaelis me garantiu que a palavra existe

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