Queimando livros » O pêndulo de Foucault

coded by ctellier | tags: , | Posted On sábado, 8 de janeiro de 2011 at 08:02

meteorologia: ainda nublado
pecado da gula: pizza amanhecida
teor alcoolico: nada ainda
audio: nerdcast #241
video: coraline

Na verdade, a não-indicação aplica-se a todos os livros de Umberto Eco depois de “O nome da rosa”. Imagino o quanto seja difícil produzir outra obra-prima à altura desse livro. E a expectativa criada a cada novo livro nunca joga a favor, pois sempre se espera que o próximo supere a qualidade do primeiro.
Se eu tiver de indicar um livro de Eco, certamente será “O nome da rosa”. Aliás, quem ainda não viu o filme, esqueça-o e leia o livro. Não que o filme seja ruim, mas não é nem 10% do que é o livro.
Li “O nome da rosa” logo após o lançamento e o reli várias vezes, tamanho o deslumbramento com o texto. Mesmo já conhecendo o desfecho, a cada (re)leitura descobria novos detalhes, novas nuances.

Nas três obras seguintes ("O pêndulo de Foucault", "A ilha do dia anterior", "Baudolino"), iniciava a leitura esperando encontrar ao menos um fiapo daquele deleite proporcionado pelo primeio livro. Nenhum deles conseguiu. Mas “O pêndulo de Foucault”, ao menos para mim, foi o mais decepcionante. Enredo complexo tendendo ao irreal, repleto de conexões e referências filosóficas, esotéricas, teorias da conspiração e afins. A estória mirabolante acaba por afogar o leitor (junto com os personagens) numa torrente de informações na maioria das vezes excessivas e desnecessárias. A linguagem pedante consegue deixar o texto pouco fluido e a leitura bastante cansativa. Fato: eu não consegui terminar de ler. Este é um dos poucos livros que não cheguei ao fim.

Li e não recomendo.


(O título do livro refere-se a uma experiência realizada pelo físico francês Jean Foucault , em 1851, para demonstrar, através de oscilações num pêndulo, o movimento de rotação do planeta Terra.)

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