A gente nunca esquece mesmo?

coded by ctellier | tags: , | Posted On quarta-feira, 7 de setembro de 2011 at 17:13

meteorologia: nublado... nem frio, nem quente
pecado da gula: misto quente
teor alcoolico: 2 stella artois
audio: radiofobia #65
video: damages

"Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?"

Ao ler essa frase num post, parei para pensar e fiquei bastante frustrada por não conseguir me recordar de ter feito nada novo recentemente. Algo assim, a gente deveria se lembrar de bate pronto, ter a resposta na ponta da língua. Afinal, fazer algo pela primeira vez tem de ser uma experiência marcante, boa ou ruim. Fiquei frustrada por não lembrar, mas principalmente por não ter feito nada que valesse a pena ser lembrado. E devo admitir, tive de forçar a memória para recuperar algo relevante. Consegui lembrar. Algumas coisas bobas, outras legais, algumas não tão legais assim, outras impublicáveis.

Ao terminar de ler o post, além de continuar pensando nessa pergunta, fiquei animada pois sabia que dali duas semanas (no caso, hoje) eu faria algo pela primeira vez. E, não satisfeita, fiz duas. Tive uma discussão salutar com meu leitor de plantão, pois ele quis me convencer, sem sucesso, de que duas em uma não valia.

Hoje, fui ao autódromo de Interlagos pela primeira vez. Apesar de morar a menos de 15 minutos de lá, nunca havia ido. E hoje, corri uma prova de 10km no autódromo pela primeira vez. No meu entender, são dois eventos. Eu poderia simplesmente ter ido conhecer o autódromo. Ou, se já o conhecesse, ter ido correr a prova. Eventos complementares, mas não subordinados. Bom, independente de qualquer dilema lógico, fui lá correr o GP Runner’s e a prova foi bem legal.

Tuitei algumas observações sobre a prova, que compilo aqui junto a mais alguns comentários.

Apesar da infra-estrutura não muito adequada ao evento, isso acabou por não se configurar como um problema. Não eram tantos participantes como na maioria das provas de rua de que estou acostumada a participar. Foi sossegado chegar, estacionar a moto, me preparar para correr e guardar minha mochila.

A largada atrasou um pouco, mas não o suficiente para desabonar a organização nem causar muitas reclamações dos corredores. Tinha um certo receio sobre o percurso, mas para meu alívio logo percebi que correríamos no sentido inverso a que nos acostumamos a ver os carros na tv. “Ufa!” pensei. “Não vamos subir a curva de acesso à reta dos boxes”. Era o meu maior temor. Longe de mim afirmar que a ladeira no “S” do Senna seja leve, mas certamente é bem mais leve que a outra, além de mais curta.

Completei os 10km em 54m29s (conforme o Garmin). Fiquei satisfeita com o resultado, já que não fui para tentar quebrar meu recorde pessoal nessa distância. Nada mal, num percurso desconhecido e subindo duas vezes o S do Senna... Insano! A textura do asfalto é nitidamente diferente do asfalto da rua. Pode ser apenas uma impressão, mas tive a sensação de que o pé fica mais “pesado”. De qualquer modo, foi uma boa prova. Mas não é para os despreparados. Não é questão apenas de fôlego. É necessário ter preparo físico. Ladeira acima e ladeira abaixo, a musculatura da coxa é bastante exigida.

Apesar do resultado ter me agradado - bastante, até - devo admitir que correr foi um tédio. Meu fone de ouvido deu PT pouco antes do km 3. Resultado: todos os 7km restantes correndo sem música. Muito, muito, muito entediante. Já escrevi sobre essa experiência em outros posts - este e este). Não fosse o Garmin me mostrando que estava conseguindo manter meu pace entre 5:20 e 5:40, eu teria certeza absoluta de estar correndo a passo de tartaruga, pois o tempo parece não passar.

Apesar do contratempo, completei bem a prova. E então veio (quase) a melhor parte. O lanchinho do kit pós-prova foi um copão de salada de frutas. Simplesmente delicioso. Melhor opção ever. Eu, particularmente, gostei muito. Sei que após o treino ou prova precisamos ingerir alguns carboidratos e repôr os líquidos perdidos. Mas convenhamos que continuar se hidratando comendo frutas é bem mais gostoso que um copo d’água. E o carboidrato? Bem, eu estava do lado de casa... Cheguei e fui logo fazer um pão na chapa. Mas mesmo se não fosse assim, difícil algum corredor que não tenha uma barra de cereais (ou de chocolate) guardada na mochila ou no carro.

Saldo dessa minha primeira vez mais recente: foi uma manhã de feriado muito bem aproveitada. Não estava calor demais. Pude correr sem sofrer com o sol, apesar de o vento não colaborar muito. Fiz o pace médio a que tinha me proposto: 5:30/km. Tirei algumas fotos do autódromo, que realmente está precisando de uma reforma. E ainda cheguei em casa e fiz mais uma coisa pela primeira vez: 30min de TRX Suspension calçando meu recém-adquirido Five Fingers KSO (em breve post com as primeiras impressões).

Bom, é isso.
E você, leitor, quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?

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