Incinerando películas » Flowers of war

coded by ctellier | tags: , | Posted On sexta-feira, 3 de agosto de 2012 at 22:15



Flowers of war (Flores do Oriente) - 2011
Roteiro: Heng Liu
Direção: Yimou Zhang

Sinopse:
Um ocidental encontra refúgio com um grupo de mulheres em uma igreja durante uma invasão das tropas japonesas na década de 1930. Ao se passar por sacerdote, ele tenta deixar as mulheres em segurança.
(Fonte: Guia Folha - Cinema)

Quem me conhece, sabe que eu prefiro ter tudo programado antecipadamente (quase escrevi "antecipadamente antes de fazer algo", vergonhoso). Sendo assim, eu raramente saio de casa pra ir ao cinema sem saber a que filme irei assistir e, muito menos, resolvo assistir a um filme - qualquer filme - apenas por estar num local de exibição e por ter tempo sobrando. Mas, como toda pessoa inteligente sabe, regras são feitas para serem quebradas e cometi esse ato leviano duas vezes durante as férias.

A primeira incursão não foi mto bem sucedida - acertar o final do filme muito antes de chegar à sua metade não é muito legal, nem é um bom indicador da qualidade do roteiro. Logo no início do filme, o protagonista aparece se esgueirando por entre ruínas e destroços de guerra. Esses minutos iniciais me fizeram lembrar imediatamente de muitas cenas de "Empire of the sun" - um dos primeiros em que Christian Bale atuou e cuja atuação o fez ser premiado como "Best Performance by a Juvenile Actor" no National Board of Review of Motion Pictures. E várias vezes durante a exibição do filme, pensei "como um ator, que na adolescência teve uma atuação tão excepcional num filme, podia fazer algo tão medíocre" - e digo "medíocre" no sentido pejorativo.

Outro indicativo da fragilidade do roteiro foi que a jornada do herói estava "visível demais". Quem que se interesse por escrever estórias - e me incluo - sabe que um bom livro/roteiro narra a trajetória de um personagem, ou mais de um, que cumprem uma jornada: a jornada do herói. E quanto melhor escrito, menos termos percepção consciente desse padrão. Inconscientemente, sempre percebemos, e é um dos motivos por que gostamos mais de alguns filmes que de outros, mesmo quando não conseguimos explicar muito bem o porquê. E neste filme, em vários momentos saía do universo da estória e me pegava pensando no estágio atual do protagonista. "Ah, o chamado da aventura." "Hmm, o cruzamento do portal" "olha só, a barriga da baleia". Definitivamente, não foi uma experiência cinematográfica interessante.

Enfim, foi uma perda de tempo.
A segunda incursão foi mais recompensadora, mas fica para outro post.


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